Com Luiz Fukushiro

🗓️ 23 de abril a 14 de maio

🕔 quartas-feiras, 15h–17h

👥 4 encontros

A caligrafia japonesa, também conhecida como shodō — literalmente “o caminho da escrita” —, é considerada um caminho porque, além de ensinar o ofício, desenvolve outros aspectos pessoais, tanto no corpo quanto na mente. Nos quatro encontros de Corpo & Caligrafia, vamos explorar o lado corporal da caligrafia, que demanda muito mais do que o simples movimento das mãos. Por meio de exercícios práticos, vamos experimentar diferentes técnicas e estilos, com ênfase no movimento, na intenção e na integração de diferentes partes do corpo, de forma que o pincel seja uma extensão do corpo assim como o corpo todo seja pincel.

🖌️ Material incluso

👀 Destinado a artistas do corpo, artistas visuais e qualquer pessoa com mais de 16 anos com interesse na caligrafia japonesa e em consciência corporal.

🙂 Não é necessário experiência prévia.

📍Atelier Juliana Matsumura – Espaço Vera 184
Rua Álvares Penteado, 184, sala 701
Centro, São Paulo

Programa

23/04 1️⃣ Caligrafia como andamento

Com apenas oito traços básicos, é possível escrever qualquer caractere no estilo formal da caligrafia japonesa. A combinação desses traços, em diferentes tamanhos e posições, dá origem a milhares de ideogramas. Cada um desses traços é executado com tempos distintos, em uma verdadeira coreografia para o pincel: o movimento começa com a entrada no papel, percorre o traço com firmeza e, aos poucos, finaliza-se com a retirada. Após uma introdução geral sobre a caligrafia japonesa, exploraremos o andamento de cada traço até chegarmos à escrita do nosso primeiro caractere.

Introdução geral
Produção da tinta
O estilo formal
O pincel e a mão
Entrada e saída do pincel
Coreografando os oito traços
O caractere eterno

30/04 2️⃣ Caligrafia como extensão

Para expandir a percepção da caligrafia, vamos utilizar papéis de grande extensão e realizar traços mais amplos. A proposta é compreender que a caligrafia não se faz apenas com as mãos, mas com o corpo inteiro, independentemente do tamanho do suporte. Com o papel disposto no chão e explorando o estilo cursivo—no qual o pincel quase não se desprende do papel—refletiremos sobre como cada parte do corpo contribui para o movimento do pincel segurado pela mão.

O maior traço possível
O estilo cursivo
Manter-se no papel
Os oito traços na proporção do corpo

07/05 3️⃣ Caligrafia como intenção

Os caracteres utilizados na caligrafia japonesa têm origem chinesa e derivam de uma escrita pictográfica. Isso significa que cada caractere, ou os diferentes elementos que o compõem, representam algo concreto ou uma ideia. Além disso, essas representações podem ser enriquecidas por meio das intenções expressas nos traços, na disposição no papel e no uso do espaço em branco. Por meio de alguns exercícios, vamos explorar como transportar essas intenções para o pincel e para a escrita dos caracteres.

Pictograma e ideograma
O estilo tensho
Um mesmo caractere, diferentes intenções
Intenções em diferentes estilos
Escrevendo a si mesmo

14/05 4️⃣ Caligrafia como expressão

No último encontro, cada participante unirá os conteúdos aprendidos com sua experiência pessoal para propor um trabalho. Vamos conhecer alguns tipos de expressão da cultura e literatura japonesas e formatos de trabalho de caligrafia.

Haiku
Yojijukugo
Ichiji
Sho
Alfabeto sho

Luiz Fukushiro é aprendiz de caligrafia japonesa, membro da Associação Shodō do Brasil, mestre edoutor em Educação pela Universidade de São Paulo epesquisador de arte japonesa e arte nipo-brasileira.